domingo, 11 de julho de 2010

Escolher o caminho

Mostrar o que ninguém consegue ver, mesmo que esteja em frente aos olhos, contar o que ninguém ouviu, mesmo que esteja sendo dito aos berros. Escrever, escrever e escrever, até que a mente não consiga mais pensar e coordenar movimentos com raciocínios.


Escolher um caminho, em meio a tantas opções é sempre difícil, mas sempre conseguimos saber lá no fundo o que realmente queremos fazer até o fim de nossos dias, mesmo que os gostos mudem, mesmo que o mercado seja competitivo, não importa lutar por aquilo que queremos. O complicado é quando não sabemos o que gostamos ou queremos.

A primeira escolha que me lembro foi ser ginasta, mas a vontade acabou com uma lesão aos 8 anos, aí que descobri que o esporte realmente não era comigo. Decidi que o melhor era estudar. Amava e ainda amo história e resolvi que seria arqueóloga, conheceria profundamente antigos povos, culturas e a origem de tudo, e descobriria ossos de dinossauros e ancestrais do homem, nada mais emocionante. Porém, para chegar até lá seria bem difícil e comecei a ponderar muito sobre as vantagens de ser arqueóloga e viver no meio da poeira, com a minha rinite alérgica. Escrever seria mais seguro? Sobre o que exatamente? Adorava assistir filmes e ver como eram produzidos, adorava desenhar sobre tudo e criar coleções de vestidos e roupas, adorava escrever histórias sobre pessoas. Pronto, estava feita a confusão.


Ouvir a opinião dos outros ajuda, mas também atrapalha, para cada um que perguntava Cinema, Moda ou Jornalismo, tinha a ver comigo, cabia a mim mesma decidir meu próprio caminho. Jornalismo foi por fim foi minha escolha final. Problema resolvido? Não o primeiro passo tinha sido dado, mas muito ainda tinha que ser percorrido para chegar até o objetivo final ...e qual seria este?

Escolher novamente, nós fazemos escolhas o tempo todo, não só escolhas de grande impacto como a profissão, mas as pequenas escolhas diárias também têm influência sobre nossa vida, mesmo sem perceber. Se não tomarmos nossas decisões e nos responsabilizarmos por elas, outros o farão, mas depois não podemos reclamar que as coisas não saíram como planejadas.
 
A estrada sempre estará lá, precisaremos sempre escolher segui-la ou pegar um atalho. O importante é sempre se lembrar aonde se quer chegar.

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